Nas profecias a
cerca do Messias que haveria de vir sobre Jerusalém vemos que o Messias seria
como uma ROCHA que o próprio Deus colocou sobre Sião, que foi desprezada pelos
homens, mas escolhida e preciosa para Deus.
Este é o Filho Amado de Deus, Jesus, em quem o próprio Deus
se compraz, isto é, tem todo seu prazer. Ele é a ROCHA na qual o homem prudente
constrói sua habitação, a semelhança deste homem nossa fé deve estar firmada em
nosso Salvador, em tudo que Ele faz e fez por nós, por isso é importante
entender tudo que Ele fez por nós.
No relato da criação Deus faz tudo formoso em seu tempo,
cria a luz, e faz separação de trevas e luz; cria o firmamento e faz separação
das águas; ajunta as águas, aparece a terra e produzindo vegetação sobre a
terra; cria luzeiros para indicar estações, dias e anos; cria animais e os
abençoa.
Chegando assim na criação do homem, onde Ele já não apenas
fala e é feito, mas onde o próprio Deus com suas mãos cria um boneco e dentro
dele sopra do Seu fôlego, boneco esse que temos testemunho do qual Deus diz:
façamos o homem a nossa imagem e semelhança, e esse homem, criação de Deus
obedece a Deus, seguindo seus mandamentos, tudo que Deus falava pra Ele era o
certo, mas chega um dia onde o homem, que antes confiava na palavra de Deus
agora começa a dar descrédito a essa palavra e começa a escutar a serpente que
afirma: Deus falou que vocês morreriam se comessem do fruto do conhecimento do
bem e do mal, mas na verdade não morrerão (Gn. 3:4-5).
Nisto a comunhão que homem e Deus tinham é desfeita, e Adão
que antes confiava na palavra soberana de Deus já não confiava mais, ele havia
se distanciado e acaba por fazer uma escolha maldita que teve suas
consequências, mas Deus por sua infinita misericórdia promete redimir o homem
através de um descendente (Gn. 3:15).
E Deus por várias vezes ao longo da história tenta reunir
seus filhos novamente para aquele lugar de comunhão, debaixo de suas asas, mas
o povo O temeu preferindo confiar em uma falsa rocha que não podia os aproximar
de Deus, antes os condenava, isto é a lei (Ex. 20:19). Tentaram se redimir por
obras de suas mãos, boas obras, uma justificação própria, não entendendo que
por crer somos justificados (Gn. 15:6 e Rm. 4:1-5), chegaram a um ponto de
preferir crer nas obras de suas mãos, um bezerro de ouro, que possuindo boca
não falava, que possuindo ouvidos não escutava, possuindo olhos não via, mas
não aceitaram a redenção que Deus havia preparado pra eles por meio da fé.
Eis que é enviado o descendente de Adão, o Filho de Deus, o
filho do homem, que pelo amor de Deus veio ao mundo como homem para salvar todo
aquele que nEle crê da morte e trazer para eles a vida eterna (Jo. 3:16), e o
véu que separava homem de Deus já não mais existia, foi rasgado. A velha ordem
de coisas é desfeita, tudo se faz novo, os pecados se vão, um novo tempo é
estabelecido, a esperança vem para dentro de nós.
A comunhão que a muito foi desfeita agora é restabelecida
pela morte e ressurreição de Cristo Jesus e agora somos chamados de filhos de
Deus (pela graça infinita de Deus, mediante a fé em Cristo) - a comunhão é
refeita, mas desta vez o jardim está dentro de nós (Lc. 17:21), as maldições
são quebradas e as consequências, culpas e pecado são perdoados. Cristo em nós,
está é a esperança da glória.
E agora tudo pode ser desfeito, mas este Reino a qual fomos
constituído sarcedotes (Ap. 5:9-10) é inabalável (Hb.12:28), está é nossa
confiança, a confiança que mesmo na escura noite, num vale de trevas, no meio
de uma guerra, na tempestade ou na calmaria que a antecede, no barco
balançando, nas águas ou no fogo, Ele está conosco. (Sl. 23:4, Sl. 91, Is.
43:2).
Já podemos descansar, pois o Senhor é nosso Pastor e de nada
temos falta (Sl. 23:1), se estou cansado Ele diz: vem a mim e achareis descanso
para vossas almas (Mt.11:28-29). Se estamos com sede, Ele diz: vem e beba da
água vida; com fome, Ele diz: vem, coma do Pão esmagado e servido por amor de
vós (Jo. 4:10, Jo. 6:35).
Nada agora pode nos separar desse amor, nem morte, nem vida,
anjos ou principados, espada, frio ou nudez, nada por nos separar desse
infinito amor, maravilhosa graça (Rm. 8:31-39).
É sobre essa base, essa ROCHA que devemos edificar nossa
habitação, pode chover, ventar, tremer, mas a casa do prudente permanece
inabalável por conta da sua base - Jesus Cristo é essa base. A base que nos
sustenta no dia mal, e nos traz regozijo nos dias alegres.
Quando leio a história de Zaqueu, fico pensando de como ele
se esforçou para chegar a um lugar alto para ver Jesus, e a primeira coisa que
Jesus fala com ele quando o vê é para ele descer depressa, pois Ele iria
repousar em sua casa. Este é um grande ensinamento para nós, podemos subir, mas
o que Jesus quer é relacionamento, profundidade na comunhão. Na revelação de
Jesus descrita por João vemos Jesus dizendo que está a porta e bate e quem
abrir Ele entrará e ceará com ele (Ap. 3:20), ceia é um lugar de intimidade,
Jesus quer entrar em nossas casas, nosso lugar de habitação e ter comunhão
conosco, basta abrir as portas, descer das alturas se necessário para receber o
Rei em nossa casa.
Que possamos fazer em Jesus nossa habitação, que venhamos
desfrutar da comunhão que Ele conquistou por nós, adentrar no lugar santíssimo
pelo novo e vivo caminho aberto por amor de nós.
Obrigado Amado por tamanha graça e amor, Tu és bom.
Por: Antônio Marcos dos Santos
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