terça-feira, 28 de março de 2017

À igreja em Esmirna

Esmirna era uma cidade costeira, ao norte de Éfeso, no continente da Ásia Menor e hoje é uma das principais, se não a principal cidade Turca, atualmente chamada de Izmir, só por sua localização já podemos imaginar que se tratava de uma cidade pagã, mas esse não era o maior problema enfrentado pela comunidade cristã em Esmirna. Com a conquista do Oriente pelos romanos se expandiu nessa cidade o judaísmo, e daí surgiu à igreja de Cristo nessa cidade após a perseguição a igreja em Jerusalém pelos judeus, onde os cristãos foram dispersos entre as cidades próximas (At. 8:1).
Com uma grande comunidade judaica nessa cidade iremos deparar com o problema que a igreja em Esmirna enfrentou logo, logo. Mas antes preciso frisar a forma que Cristo se apresenta a esta igreja afirmando ser o primeiro e último, que esteve morto, mas tornou a viver, isto revela o quanto Cristo se importava com aquela igreja perseguida, que vivia no meio de “judeus” que de uma forma ou de outra queria fazer essa igreja negar a morte e ressurreição de Cristo. Jesus testemunha acerca desses judeus como sinagoga de Satanás, falsos judeus, pois um verdadeiro judeu é aquele que descende de Abraão e de sua fé (Jo. 8:39).
A carta a esta igreja é mais que um incentivo a se manterem firmes, pois o próprio Jesus vai falar das tribulações e coisas que aquela igreja iria de sofrer por causa da fé em Jesus, Jesus continua dizendo que alguns seriam presos e colocados à prova, uma tribulação que duraria dez dias, um simbolismo usado para determinar um curto período de tempo, porém, apesar dessas perseguições vem a primeira promessa de Cristo para aquela igreja: sê fiel até a morte e dar-te-ei a coroa da vida, seguida da formula para o sucesso: “quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz as igrejas” e finalizando com uma promessa linda para aquela igreja: o vencedor de modo algum sofrerá o dano da segunda morte. Ainda que aquelas pessoas daquela igreja morressem a promessa pra elas era que de forma alguma elas iriam permanecer mortas, mas iriam viver com Cristo em Seu reino.


Se você se encontra em uma situação como a desta igreja, se mantenha firme, não negue sua fé, seja em uma perseguição como aquela igreja sofria ou seja na sua roda de amigos que o desprezam por sua fé, não negue aquele que o chamou, há uma promessa linda para nós, por isso cabe a nós anunciarmos a esse Jesus, que morreu, mas hoje vive a todas as nações, sem nos importar com a situação, problemas, perseguições, pois nosso Deus é maior que isso tudo. Sê fiel até o fim.

segunda-feira, 27 de março de 2017

Intenso

Olá, como vai você?
Neste breve texto de hoje gostaria de falar sobre intensidade, muitas vezes entendemos essa palavra de maneira errada, pode-se pensar que intensidade vem de algo que traz tensão, algo forçado ou em até em casos extremos intensidade passa uma imagem de risco e/ou extremismo quando se trata de ideias ou ideais.
Os dicionários irão nos trazer uma definição da palavra acerca uma alta tensão de calor, sons ou força. Em outras definições você pode encontrar a palavra intensidade como algo profundo. Porém neste texto irei falar o que significa essa palavra para mim.
Sabe, vou usar uma simples palavra para retratar minha vida, talvez seja uma das três palavras que melhor definem a vida que tento viver, duas delas são o título desse blog.
Em tudo que faço procuro me dedicar ao máximo, me entregar, para depois não ficar pensando naquilo que poderia fazer e não fiz, tento aproveitar as oportunidades que tenho de me lançar, e de tanto acabar me lançando acabei me encontrando aos pés da cruz, onde olhei meu Senhor e desde então tenho sido consumido por tamanha graça e amor.
E não poderia ser diferente, quando encontrei a razão do meu viver, isto é, Cristo. Procurei me dedicar ao máximo a sua vontade, dar aquilo de melhor que tenho aquele que deu seu melhor por mim.
Sabe para mim viver com intensidade é se entregar, se lançar, dar tudo de si a algo em que acredita.
Em minhas leituras bíblicas vejo essa como uma das características de Cristo, que não mediu esforços para expulsar os cambistas do templo, que não mediu esforços para alimentar uma multidão faminta, que se entregou até a morte e morte de cruz para fazer de nós que andávamos desgarrados rebanho de seu pastoreio. Jesus viveu uma vida de entrega, com intensidade, em obediência para fazer de nós pecadores, pessoas justificadas por seu sangue redentor.
Então por conta disto que em meu viver tento me entregar, tento ao máximo fazer o que está ao meu alcance e o que muitas vezes escapa daquilo que posso fazer para dar tudo que tenho ao meu Pai. Às vezes podemos pensar que não temos nada de valor a oferecer a Deus, realmente não temos, e isso que é graça, mesmo sem valermos nada Cristo nos amou a ponto de se entregar por nós e dar a nós uma vida preciosa, abundante em sua presença. Tudo que temos de valor em nossas vidas foi Ele que nos deu, Ele nos criou e nos salvou e por conta pertencemos a Ele duas vezes.


Por conta disso tudo meu conselho para qualquer pessoa que seja é que se entregue, se lance mesmo aos pés da cruz, ao ponto que já não será o “eu” que vive, mas Cristo que vive em nós.

Por: Antônio Marcos dos Santos

terça-feira, 21 de março de 2017

O zelo que consome

Há algo que me chama muito a atenção nas escrituras, as profecias, principalmente quando se trata do Cristo. Nas profecias sabemos a visão de Deus sobre o passado, presente e futuro do povo. As profecias vão de promessas a maldição, de bênçãos a castigos, mas uma coisa é certa as profecias tratam do caráter de Deus e o amor ao seu povo.
Nas profecias há uma coisa que me chama mais atenção ainda, é quando profetas que viveram mais de seiscentos anos antes da vinda de Jesus profetizavam sobre a vinda dEle.
Quando vejo profecias como a de Isaías 53 não consigo ver outra coisa a não ser Jesus descrito em perfeição no momento de sua crucificação, e os próprios discípulos também viam essa profecia se cumprir nEle quando operava sinais e maravilhas (Mt. 8:14), mas o que me encanta é uma outra profecia que os discípulos de Jesus reconheceram que O Messias estava no meio deles e essa passagem se encontra em João 2, versículo 17, que diz:
“Então seus discípulos lembraram-se do que foi escrito: “O zelo pela tua Casa me consumirá.”
É impressionante como o zelo pela casa de Deus e curas são colocadas no mesmo patamar.
Gosto de imaginar essa passagem de Jesus entrando no templo e expulsando o comercio de lá de uma forma mais pessoal, imaginando que Ele faz o mesmo em minha vida, tirando com violência aquilo que é comercio, soberba, orgulho, para que só reste uma casa de oração e adoração.
Porém o que quero dizer é com esse texto é: a forma que os discípulos reconheceram a Jesus através das escrituras foi através de seu zelo, e agora lhe pergunto: as pessoas tem reconhecido Cristo através do seu zelo pela casa de Deus?
Vou trazer duas breves aplicações dessa passagem em nossas vidas, primeiro: se somos templo de Deus, temos cuidado deste templo?
Vejo muitos cristãos sedentários, que afirmam: o exercício físico tem pouco proveito, ou, sou um ser espiritual não preciso me preocupar com o físico.
Ok, concordo com tais afirmações, porém no momento que cristãos como esses me pedem orações quando estão com problemas de saúde penso: será que é satanás que trouxe essa doença sobre essa pessoa, ou é apenas descaso com o corpo.
Se somos templo de Deus, nada mais justo que cuidarmos desse corpo, gosto muito do exemplo de John Wesley que todos os dias caminhava por seu quarteirão como exercício e aproveitava esses momentos para evangelizar seus vizinhos.
E a outra aplicação é a seguinte: se cremos que quando estamos reunidos como igreja o templo que nos encontramos é casa de Deus, será que temos cuidado desse templo?
Vejo muito zelo em algumas igrejas com seus templos, vejo igrejas que terceirizam faxineiras que exercem um excelente trabalho e são remuneradas por tal trabalho, mas sabe o que é interessante? Um levita não é apenas aquele que canta ou toca na igreja, um levita também é aquele responsável pela manutenção do templo.
Algo que realmente me desagrada nos dias de hoje é como as pessoas conseguem apenas ir na igreja, sentar no banco e arrumar defeito em tudo, mas a pergunta que faço é a seguinte: quantas vezes essas pessoas saíram de suas casas e varreram o chão da igreja?
Acho que com esse texto o que quis dizer foi o seguinte, tudo que fazemos para o Senhor, necessitamos fazer com zelo, cuidado, carinho, temos que fazer o melhor. Já dizia algum pensador moderno: “faça o melhor, com aquilo que tem de melhor”. Reconheço que às vezes não temos uma grande condição para fazer algo espetaculoso, mas muitas vezes com gestos simples, como cuidar de nossa saúde vai fazer pessoas reconhecerem a Cristo em nossas vidas.


E com isso te encorajo, vá, faça aquilo que puder com zelo e mostre Jesus ao mundo, deixe brilhar sua luz.

Por: Antônio Marcos dos Santos.

À igreja em Éfeso

Olá, como vai você?
Sempre que leio cartas percebo que há um certo tom de saudosismo, parece que é algo meio fora de contexto nos dias atuais com tanta tecnologia em nosso meio, e não é diferente quando leio as cartas bíblicas, sempre destinada à uma igreja, irmãos na fé ou até mesmo povos e nações inteiras, e sem dúvidas as cartas mais intrigantes para mim são as sete cartas que Jesus, o desejado das nações, escreve por intermédio de seu servo e discípulo João.
Nestas cartas Cristo fala sobre igrejas que perseveram, igrejas que se perderam, igrejas frias, igrejas quentes e mornas, mas uma coisa é certa há um grande amor nestas cartas, até mesmo em repreensões vemos o cuidado do nosso Senhor com seu povo.
E nesses pequenos resumos irei tentar trazer um contexto geográfico-histórico, os problemas e/ou virtudes das igrejas, a solução que Cristo dá a essas igrejas, as promessas do nosso Pai para cada igreja e uma breve contextualização com nosso tempo.
Que tenhamos momentos preciosos juntos nessa leitura.

Éfeso era uma capital da província romana na Ásia, se situava em um lugar privilegiado na costa do mar Mediterrâneo e possuía um porto de muito trafego que só por isso trazia muitos estrangeiros a cidade, o que aumentava ainda mais a vinda desses estrangeiros era também a adoração à deusa Diana prestada nesta cidade, onde havia um grande templo construído para prestar culto a esta tal divindade.
Mas apesar dos pesares a Igreja do Senhor crescia exponencialmente na cidade de Éfeso, como podemos ver nos relatos de Lucas no livro de Atos e na epístola de Paulo as igrejas de Éfeso, era uma igreja dedicada a obra do Senhor, que rejeitava o ensino de falsos mestres, era uma igreja que o próprio Senhor testemunha acerca de sua perseverança, tanto que ao se revelar a esta igreja Jesus afirma ser aquele que conserva as sete estrelas, isto é os sete anjos das sete igrejas, e anda no meio dos sete candeeiros de ouro, isto é as sete igrejas . Porém a advertência do Senhor Jesus a essa igreja está no fato de que esta igreja abandonou seu primeiro amor.
A solução para o problema dessa igreja não foi fazer campanhas, retiros espirituais ou etc. A solução que Jesus deu para que essa igreja mudasse essa situação que se encontrava era se arrepender e voltar à prática das primeiras obras, pois se não houvesse o arrependimento Jesus iria mover o candeeiro dessa igreja, que segundo o contexto da revelação de Jesus a João candeeiro simboliza as igrejas.
Como as demais igrejas Jesus dá uma formula para o sucesso “quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz as igrejas” e logo após vem a promessa a essa igreja: ao vencedor, aquele que permanece fiel, Jesus dará o alimento da arvore da vida, que se encontra no paraíso de Deus, basicamente voltar ao Éden, mas dessa vez como vencedores que venceram as tentações da serpente.


Se você se encontra em uma situação parecida com a desta igreja meu conselho é o mesmo que nosso Senhor deu a igreja de Éfeso e para ilustrar um pouco essa situação gostaria de te contar uma breve história: uma certa jovem estava desesperada em busca de seu fone de ouvido, revirou a casa, colocou os moveis todos de pernas pro ar para o encontrar e quando o encontrou pôde se regozijar com seu item. Assim somos nós com o primeiro amor, quando o perdemos temos que revirar tudo, sentimentos, situações e lugares para o encontrar onde o perdemos e nos regozijarmos com ele.